quinta-feira, maio 27, 2004

Desconfie da profissão que tem como representante um homem com o nome de Maurício Azedo (presidente da Associação Brasileira de Imprensa). Mas também com um mercado inflacionado, com salário baixos e com o crescimento da imprensa marrom, como deixar de ser azedo (a)? Meu estágio está terminado e todos os dias me pergunto: como vai ser a minha vida agora? Será que eu vou conseguir um emprego? Estou tensa, insegura, cheia de medos... Mas, apesar de tudo, eu adoro o que faço.

segunda-feira, maio 10, 2004

Amar verbo intransitivo, como disse o poeta. Amar verbo intransigente...

Todos nós buscamos ser amados, procuramos de distintas formas encontrar a segurança, o carinho e o companherismo, mas nem sempre é assim. Nem sempre o carinho, a segurança e o companherismo vêm. Nem sempre o amor chega, por mais conclamado e exaltado que ele seja. Ficamos submersos em fantasias, ilusões, esperanças...nos enganamos e enganamos os outros.

Sei que este post tem um quê de melancólico, um quê de sentimentalismo barato, daqueles que a gente compra em bancas de jornais e livrarias. Mas esses últimos dias eu pude sofrer com os problemas dos outros, pude sofrer com os meus próprios problemas. Relacionamentos são complicados, pessoas são diferentes, sentimentos são complexos. E nesse enorme poço de contadições procuramos todos os dias viver, amar e sentir amado.

quinta-feira, maio 06, 2004

Sunday Blody Sunday

I can't believe the news today,
I can't close my eyes an make it go away.
How long, how long must we sing this song?
How long? Tonight we can be as one.
Broken bottles under children's feet,
Body's strewn across a dead end street,
But I won't heed the battle call,
It puts my back up, puts my back up against the wall.

Sunday, Bloody Sunday.
Sunday, Bloody Sunday.

And the battle's just begun,
There's many lost, but tell me who has won?
The trenches dug within aur hearts,
And mother's children, brothers, sisters torn apart.

Sunday, Bloody Sunday.
Sunday, Bloody Sunday.

How long, how long must we sing this song?
How long? Tonight we can be as one.
Tonight, tonight.

Sunday, Bloody Sunday.
Sunday, Bloody Sunday.

And it's true we are immun,
When fact is fiction and T.V. is reality,
And today the million cry,
We eat and drink while tomorrow they die.
The real battle just begun.
To claim the victory Jesus won,
On a Sunday, Bloody Sunday,
Sunday, Bloody Sunday

Agora eu estou com uma nova rotina diária. Todos os dias, desde a última segunda-feira, me levanto às 4h30 da matina, todos os dias como bolachinhas durante o trabalho (se eu deixasse para tomar café da manhã em casa teria que acordar às 4h), todos os dias ligo para as delegacias da Região Metropolitana.

- Algum homicídio, assalto, flagrante?

- Qual o nome da vítima?

- Quantos anos?

- Foi por arma de fogo?

É impressionante como a violência virou coisa banal. Todos os dias se morre para viver e se vive para morrer. Tenho saudades de um tempo em que eu nunca vivi. Tempo em que existiam "gaturnos" que furtavam nossas casas e que eram primeira página dos jornais. Hoje em dia, só é capa de jornal morte de rico e chacina de pobre (leia-se 5 ou 6 pobres assassinados juntos, de preferência com crianças e de mulheres mortas). Mas acreditem ou não, ainda me assusto e me comovo com cada um desses crimes.